O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas dedica-se ao estudo e pesquisa da história, ciências sociais e geografia, e é um dos pontos turísticos mais importantes do Estado alagoense. Se está de visita a Maceió, então não pode perder de vista este instituto, assim como outros pontos culturais, como a Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo ou o Ecomuseu Comunitário “Graciliano é uma Graça”.
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Sobre o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
O IHGAL é uma organização da sociedade civil, localizada no centro de Maceió. Foi fundado a 2 de dezembro de 1869, e por isso é a terceira instituição mais antiga do Brasil neste gênero.
É neste instituto que se encontra o acervo iconográfico e documental mais representativo da história de Alagoas, assim como vários conjuntos de interesse etnográfico e arqueológico.
Tem ainda obras de arte, fototeca, hemeroteca, arquivo, e biblioteca. É aqui que se encontra também o Museu do Instituto Histórico e Geográfico, o qual tem parte do acervo em exposição de forma permanente.
O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas também promove vários cursos, colóquios e seminários, além de apresentações musicais de forma regular.
Entre os fundadores encontram-se Delfino Augusto Cavalcanti de Albuquerque, Silvério Fernandes de Araújo Jorge, Joaquim José de Araújo, Roberto Calheiros de Melo, assim como vários jornalistas, políticos, escritores, e religiosos.
Inicialmente estava instalado no Liceu Alagoano, que foi o primeiro estabelecimento oficial para o ensino secundário do estado. O instituto fomentou várias pesquisas antropológicas, históricas, e geográficas, tendo preenchido uma lacuna existente pela ausência de instituições de ensino superior na região da altura.
Posteriormente o instituto passou a reunir um importante acerco etnográfico, histórico e arqueológico, quer através de coletas, aquisições, quer através de doações.
Atualmente o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas encontra-se num edifício do final do século XIX, casarão que havia pertencido a Américo Passos Guimarães, e que tinha sido desapropriado pelo governo em 1909.
Onde fica o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
O edifício do instituto fica situado na Rua do Sol, 382, bem no centro da capital alagoense.
Como chegar no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
Do litoral, seguir pela AL-101 até ao cruzamento com a Rua do Sol. Se vier do centro de Farol, o melhor é seguir pela AL-104 até à Av. Antônio Brandão, onde deverá virar à direita até chegar à Rua do Sol.
O que fazer no Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas
O Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas oferece um importante acervo histórico. Entre as mais diversas obras, conta com peças dos antigos engenhos de açúcar, mas também tem importantes documentos relativos à escravidão, a Quilombo dos Palmares, ao movimento abolicionista, assim como uma lindíssima Coleção Ciclo do Cangaço.
Conta ainda com pertences de Maria Bonita e Lampião, relíquias maçônicas do primeiro reinado, mobiliária antigo, entre vários outros itens de uso privado de personalidades que nasceram e viveram no estado alagoense.
Poderá ver também um conjunto de materiais que foram usados na Guerra do Paraguai, armas dos bandeirantes, canhões franceses, portugueses e holandeses, entre tantas outras peças históricas.
Dentro da arqueologia, o maior destaque vai para uma coleção rara de cerâmicas marajoaras, contando com mais de 190 peças, as quais foram doados por Jonas Montenegro.
Tem também a Coleção Mário Marroquim, com materiais líticos do território alagoano, que muito provavelmente foram produzidos pela cultura aratu.
Na etnografia, poderá ver cerca de 500 artefatos de grupos indígenas que povoaram a região, destacando-se um núcleo dedicado a religiões afro-brasileiras.
Merece também destaque a Coleção Perseverança, a qual conta com documentos referindo-se ao Quebra do Xangô. Este foi um massacre feito por uma milícia particular em Maceió, em 1912.
Poderá visitar também a Biblioteca do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas , a qual conta com mais de 16 mil volumes dedicados à história, entre os quais, seis mil são considerados raros.